Texto por Luiz Flávio Neves e Igor Monteiro
Após 2 anos de hiato, Túlio Panzera retorna com Submerso, o novo single do brucuTú. O projeto solo, cujo nome remonta a um apelido de infância de Panzera, é uma oportunidade de explorar influências e texturas que não encontram tanto espaço no Churrus, formação na qual milita há pouco mais de duas décadas. Diversos amigos participaram da produção de Submerso, como Fernanda Bessa (Voz), Luís Couto (Guitarra), Bruno Bontempo (Baixo) e André Mendes (bateria e percussão). A mixagem e masterização foi realizada na Ilha do Corvo (BH).
Em certos momentos ficamos excessivamente cansados, rodeados de barulhos e interferências que atormentam e adoecem. Sob as águas, o silêncio nos permite manifestar os próprios sentimentos, tornando-se um amparo com poder de reflexão e cura. Submerso traz à tona o mergulho como forma terapêutica, dando significado à nova composição de brucuTú.
Um pouco distinto do lançamento anterior, Ben, que se caracterizava por uma levada um pouco mais jazzy, Submerso incorpora elementos brasileiros, incluindo pitadas da MPB made in Minas Gerais, sem deixar de lado a raiz indie rock de Panzera, é claro. Ainda que a canção comece com uma dúvida sobre mergulhar ou não, no fim fica a certeza de que o ouvinte pode submergir sem medo. Submerso há vida.
O conforto imersivo leva o ouvinte a um espaço de aconchego e descanso que dialoga com a vida possível estando submerso, e também com as referências brasileiras que brucuTú traz à superfície. As vozes de Túlio e Fernanda se envolvem com a dúvida apresentada pelo eu lírico sobre não saber o que fazer e dão profundidade ao mergulho.
O lyric video conta com imagens exclusivas de uma equipe de mergulho do norte da Espanha e a edição ficou por conta de Rodrigo Maia. A capa é uma foto de Túlio Panzera, com toques de Igor Monteiro e uma clara referência ao disco Nevermind, do Nirvana.